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COLUNA DO PUTIU


ASSIM ERA O MEU VELHO PUTIÚ... (Parte IV)


“Macondo era então uma aldeia de vinte casas de barro e taquara, construída à margem de um rio de águas diáfanas que se precipitavam por um leito de pedras polidas, brancas e enormes como ovos pré-históricos.” (...) “Macondo já era um pavoroso rodamoinho de poeira e escombros, centrifugado pela cólera do furacão bíblico...” (Gabriel García Márquez, em Cem anos de solidão. Editora Record, 2001; págs. 7 e 394).  


Infatigáveis leitoras e leitores.


Agora lhes faço um convite muito especial para mim, qual seja o de repetir o percurso que invariavelmente faço: subir até o cocuruto do Alto da Capela, lá onde, desde o início da década de 1960, a minha família fixou residência e onde, com apenas 10 anos de idade, no início do ano de 1963, sofri a mais dolorosa de todas as minhas narrativas pessoais, qual seja a da orfandade precoce que concorreu profundamente tanto para a crucial alteração do curso da existência terreal quanto para a compreensão da Vida, em especial nos aspectos saúde, educação, religiosidade e finitude. Trata-se, pois, de um trajeto que me é deveras significativo. O solado dos meus pés já guarda marcas indeléveis dessas caminhadas formativas. E isso vai contribuindo para que me torne um cidadão putiuense, qualificativo que muito me orgulha.

Como é possível experienciar a cada passo que ora damos, o acesso à igrejinha e ao casario do entorno carece de melhorias, no mínimo um piso em calçamento de pedra tosca. Para auxiliar o viajante das alturas só mesmo a escadaria de alvenaria, de uns dezoito degraus, encimada pelo primeiro patamar, no nível da base do cruzeiro em madeira.

Exatamente este aqui onde agora estamos, sentados em bancos de concreto sem encosto, com quase nenhum conforto, num misto de recuperação da energia despendida na subida e de admiração ao que nos proporciona a projeção do nosso campo de visão, ou seja, muito da cidade esparramada sobre o lombo de um platô entre dois vales, que servem de leito aos rios Putiú, de um lado, e Aracoiaba, do outro,  bem como das suas azuladas serras, exuberante pano de fundo da imagem que ora nos arrebata. E quem nos observa de perto é a simpática e cativante igrejinha – que já foi chamada de capela e futuramente vão alçá-la à categoria de paróquia –, guardadora de tantas narrativas de cristãos católicos vários. Festivos, alegres e concorridos são o trezenário a Santo Antônio, na primeira metade de junho, e o novenário a Cristo Rei, em dezembro – dois eventos populares e festivos que já integram a agenda religiosa do bairro, com suas concorridas quermesses e procissões de encerramento.    

Prossigamos, agora pela lateral direita da igreja, revelando as imagens recuperadas pelo quimérico senhor do drone, quais sejam:

. esta casa de porta e duas janelas, frente protegida por esta jovem castanholeira, construída no limite da rampa que, entre a residência do seu Nego Elói e a bodega do seu Izidório, conecta-se com a principal artéria do bairro, que pertence ao casal mestre Expedito, servidor público federal aposentado, auxiliar de veterinário e comerciante de produtos agropecuários, e dona Núbia, prendas do lar, na qual residem com os filhos Luciano (eu), Eliane, Walter, Sandra Maria, Carlos César, Noeme e Jackson (ainda há a Margarida, o Olavo e o Wagner, e vão nascer o Marcos Vinícius e o Márcio Flávio);

. este casebre de taipa, coberta de telhas de barro já enegrecidas pelo tempo e piso de chão batido que serve de moradia ao modesto clã dos Macaxeiras (três idosos, um deles com deficiência física – o Zeca – que lhe impõe o uso de muletas e suas irmãs Raimunda e Maria; um casal – Toinho e Dos Anjos – e duas filhas adolescentes: a Eloíta, adolescente de comportamento revelador de revolta, certamente em face da pobreza que mais lhe parece injusto castigo, e Djacira, que vai casar-se com o Neto, filho do seu Zé Cândido);

. a residência, já iniciando uma sequência de imóveis em linha reta aos fundos da igreja, do casal seu Miguel, agropecuarista lá pras bandas do sertão quixadaense, e dona Margarida, os pais das professoras Maria Lima e Maria de Jesus, do Perboyre, do Fernando (que vai graduar-se em Medicina, fixar domicílio nesta cidade e assumir o poder político baturiteense em dois mandatos), da jovem Estela (vai casar-se com o agente de estação Jaime Pereira Carlos, e o casal vai morar em casa de esquina na 15 de Novembro, a poucos passos do colégio cenecista e da praça Waldemar Falcão), e dos adolescentes Francisco de Assis (só Assis ou Tico, colega de ginásio no Salesiano) e Tobias;

. após esta casa de portas cerradas, abandonada há algum tempo e carente de uma boa reforma, a moradia do ferreiro Zé Fernandes que, tão logo enviúve, vai contrair as segundas núpcias com filha de fazendeiro itapiunense e pra lá mudar-se; então, aqui virá morar o agente de endemias rurais seu Zé Augusto, casado com a dona Fransquinha, os pais da Dolores, do Marcos Alverne (amigo de jornadas em busca de conhecimento que perderá precocemente a vida na capital paraense, vítima da violência urbana), do Sérgio (vai virar paulistano), do Arquimedes (vai ingressar nos quadros do Banco do Brasil) e do Adriano;

. aqui, neste amplo imóvel, de platibanda estilizada, larga janela central e duas entradas lateralizadas, a de maior fluxo com portão de ferro e estreitos alpendre e jardim, reside o casal seu Holanda (Luiz Felício), classificador de fibra de algodão in natura na Usina Putiú, e ora usufruindo de meritória aposentadoria, e dona Nazaré, os pais de Áurea (já casada e mãe da bela menina-morena Wyla, que com os avós mora), Alda (namora o João da bodega), Albaniza (professora que vai, na sequência, assumir cargo na agência da Receita Federal, transferir-se para a agência local do Banco do Brasil e casar-se com o Zé Pinto, irmão  do Vicentinho), Maria José (a Zezeca), Maria das Graças (ou simplesmente Graça), Helena, Almir (meio paulistano), Alcides (estivador na Usina Putiú, casado e residente no bairro Lajes) e Aldemir (o Louro);

. a residência do Miguel (o Meu Santo) e dona Ester (viúva e cunhada dele), que vão mudar-se para a casa de outro irmão Daniel, defronte à pracinha do Putiú; quem vem morar aqui é o recém-casado Álber, fã incondicional do Roberto Carlos, torcedor do Ferroviário e agente fiscal do Estado em posto lá na cidade de Itapiúna;

. nesta casa de porta e duas janelas é onde reside a família do seu Nascimento, trabalhador de turma da RFFSA e pai do Zé, atleta do Madureira, e do Luiz;

. nesta outra, de construção simples, piso de chão batido e telhado com queda d’água frontal, mora o casal seu Mário Gustavo, magarefe, e dona Elisa, os pais da Ladir (dona de restaurante quase em frente à pracinha do bairro), do Popó e do Tica, parceiro de algumas aventuras minhas na pré-adolescência;

. este conjunto de três imóveis, todos com frente de alvenaria, platibanda de mesmo nível e calçada em mesmo plano e revestida de cimento queimado, pertence ao pedreiro aposentado da RVC, o seu Vicente Pinto, casado com a dona Lourdes, os pais do Eliézer, Vicentinho, Antônio (que logo vai, em definitivo, para o Rio de Janeiro), José (que vai tornar-se motorista da Coelce e casar-se com a Albaniza do seu Holanda), Edilza, Erandir e Ednilza (Elvira), família que mora no terceiro e mais amplo deles, com porta e duas janelas frontais, além de corredor lateral; estes outros dois, sempre locados a terceiros, ora ocupam-nos: 1) a família de funcionário da RFFSA que, tão logo o Miguel Pedrosa conclua a construção daquela casa de esquina, em linha com a vila do lado de cá da igrejinha, para lá se mudará; então, passarão a nele residir a dona Maria, o filho Raposinha e a irmã dona Raimunda, vindos de uma das casas esparsas com frentes para a estradinha carroçável com  destino aos Coiós; 2) a de outro ferroviário, conhecido como Atum, pai dos adolescentes Antônio (jovem de físico atarracado e perfeccionista no trato com a bola de futebol, com idêntica alcunha) e Francisco de Assis (o Cizô, goleiro de bons predicativos), além da menina Gláucia, cheia de dengos e melindres;         

. esta última, com frente avançada em relação ao restante do casario já por nós revisto, telhado com queda d’água lateral e cumeeira longitudinal, estreito alpendre de acesso, também pertence ao seu Vicente e nela nossa família morou em meados da década de 1950, vinda do centro da cidade, e de onde fomos para um casarão do Posto Agropecuário, lá no Coió. Agora, quem nela mora é a família do seu Carneirinho e dona Zenaide, os pais do Francisco (vai virar tipógrafo, trabalhar com dona Amélia, casar-se com a Isa e fixar residência na rua Padre Artur Redondo, bem atrás do então Grupo Escolar Monsenhor Manuel Cândido) e do Timbuca (lateral esquerdo em uma das formações do time do Putiú). 

Persistentes amigas e amigos, o prolongamento desta rua, em rampa pouco ladeirenta, entre cercas de pau-a-pique que delimitam quintais, estende-se até a estradinha carroçável que interliga o nosso bairro às localidades dos Coiós (de Baixo e de Cima), ambos ainda com povoação de baixa densidade. Mais adiante, faremos por ela uma outra caminhada de resistência.

Retornemos, pois, até à lateral da igrejinha, para o completo esquadrinhamento deste complexo restritamente habitacional, assentado na parte mais elevada do Alto da Capela e, na sequência, para a descida de volta ao plano central do bairro.

Neste curto trajeto, à nossa direita só a cerca de madeira (velhos dormentes partidos em quatro) que delimita, aqui, o ladeirento terreno pertencente ao seu Zé Antônio, cuja residência volta-se para a estradinha há pouco citada. Contornemos a construção em andamento deste imóvel residencial, investimento do Miguel Pedrosa. Chegamos, agora, a mais uma vila de habitações no entorno da igrejinha, cuja catalogação, por unidade, dá-se assim:

. casa de porta centralizada entre duas janelas, em que já morou a família do seu Artur e dona Ana, atualmente ocupada pela do seu Jonas, gerente de serraria sediada lá pras bandas do Açudinho, e dona Eunides, costureira, os pais do Claudionor e do Claudemir; vinda, há alguns meses, de Jaguaruana, a “terra das redes”, um dos municípios do Vale do Jaguaribe, no futuro se mudará para a rua Padre Artur Redondo, quase na esquina da que dá acesso ao Cemitério, ao Monte Mor (campo de futebol) e à Cadeia Pública; então, virá residir aqui o casal seu João e dona Marlene, ele telegrafista da RFFSA;

. a residência do seu João Borges, auxiliar de mestre-de-linha vinculado à RFFSA, pai do Edmílson, telegrafista na mesma empresa, do Edmar, meu colega de ginásio no Salesiano, da Elita e da Edira; na sequência, aqui morarão: 1) a família do seu Zé Ferreira, agente da estação velha de Aracoiaba (ainda lá na Muamba, Papoco ou Santa Isabel), às margens do rio de mesmo nome, e dona Francineide (irmã de dona Núbia, a minha madrinha), os pais da Eneida, da Helena Elba e do Chico Zé, a qual se mudará, em brreve, para Caio Prado; 2) o casal seu Saraiva e dona Necy, ele aposentado da RVC;     

. casa de acesso por área coberta lateral e duas janelas frontais, calçada recoberta de pedras, moradia da dona Quinca, irmã do Inácio do seu Porfírio, casada com seu Borges, cabo da Polícia Militar, os pais da Luzimar, da Socorrinha, da Luzinete, da Lúcia, do Lisboa e do Pádua (que vai tornar-se versejador de poesia matuta e autor de vários folhetos que bem caracterizam a literatura de cordel);

. nesta, de porta lateral e janelas pintadas em cor azul, platibanda alta e calçada em cimento queimado, cinza claro, que já foi ocupada pela família do vereador e comerciante no setor de carnes Adauto Alves, filho do seu Chico Alves e dona Nozinha, e da dona Cosminha (Cosma, irmã gêmea bivitelina ou dizigótica de Damiana ou Naninha), filhas do seu Zé Antônio e dona Maria; são eles os pais do Delano, da Janete, da Anete, do Adautinho e do Robson, atualmente residindo defronte à praça de Santa Luzia; quem ora habita aqui é a do seu Henrique, enfermeiro e motorista do Samdu, e dona Miroca (produz saborosos doces japoneses e pirulitos à base de suco de limão), os pais do Américo (outro colega de ginásio no Salesiano), da Erbênia (voz maviosa no acompanhamento do violão do Aluísio,  em noites enluaradas e no patamar da igrejinha), da Edênia, do Clóvis e do Ubiratan (Tantan); quem em breve aqui vai residir será o “lobo solitário” Roberto, servidor do Detran e torcedor do  Palmeiras;

. a modesta e simples moradia do casal seu Raimundo José e dona Zefinha, os pais do Mundinho, músico (violão) e sapateiro que mora no bairro Lajes; do Aluísio, exímio tocador de violão e cavaquinho; do Sabará (Antônio Vieira), meu parceiro de aventuras na pródiga adolescência e pandeirista, caçador de baladeira ou estilingue e pescador de anzol de inimitável competência, que vai casar-se com a Graça do seu Mosael, o sapateiro que recuperava as nossas chuteiras de biscoitos de sola, e permanecer morando aqui; e da Ciça, disputada passadeira de roupas a ferro de engomar à brasa.

Estamos, perseverantes senhoras e senhores, no limite da vila e, por conseguinte, do povoado incrustado no cocuruto do Alto da Capela, no entorno da igrejinha que, soberana na sua simplicidade, torre única e abobadada, a todos acolhe e protege. 

Percebam iniciar-se aqui o desnivelamento do solo, em acentuado declive após esta cerca de pau-a-pique que margeia quintais de casas construídas no sopé desta elevação. Aqui, tão logo a Cagece assuma, através de convênio com a Prefeitura, o abastecimento d’água da cidade, a partir da barragem do Tijuquinha, reservatório nas proximidades da Escola dos Jesuítas, e sob a gerência do gentleman e competente seu Lúcio Moreira, a municipalidade vai instalar um chafariz para atendimento aos que não tiverem acesso a referido serviço público.

Diz a sabedoria popular que “Nas descidas, todo santo ajuda”. Vejamos se isso na prática funciona mesmo. Desçamos, portanto, a ladeira de piso carente de “trato prefeitural” – parodiando Jessier Quirino, o versejador em linguagem matuta nascido nos sertões da Paraíba –, a qual nos levará de volta à via que corta, de ponta a ponta, o nosso bairro querido.

Já na confluência da rua com a avenida, na  esquina à direita, este imóvel que se alonga por toda a encosta   da colina, de quintal aclivoso, duas janelas laterais abertas para as salas de estar e jantar, mais duas frontais e porta de acesso, serve de moradia ao casal seu Artur, aposentado da RVC, e dona Ana, requisitada costureira, os pais do Chicó, fornecedor de frutas e verduras ao Ceasa – Centro de Abastecimento S.A. –, produzidas na  serra (Mulungu, principalmente), e pai do Chicão, do Zé Mílton, do Antônio Carlos e do Jairo (os três primeiros parceiros de inesquecíveis vivências da adolescência), e da Cleonice (a Bahia); o casal acolhe como filhas a Adail (que vai casar-se com o Guanabara), a Tereza (já casada com o Dutra) e a Graça (também já casada com o Tiné, cujo filho menor Arturzinho é o centro de atenção de todo o grupo familiar).                       

Na sequência, temos:

. esta estreita casa de janela e porta, onde recentemente residiu a família do mestre Zuca e dona Maria, a qual se mudou para imóvel à frente; atualmente é seu locatário o já citado casal Dutra e Tereza do seu Artur, casados há pouco tempo;  

. a oficina mecânica do seu Zé Raimundo, tradicional na formação de jovens putiuenses na arte de consertar carros – motores e sistemas afins –, cujos exemplos ora cito: o meu irmão Olavo e os amigos Edmilson (o Cabral) e Zé Pinto (da Coelce);

. esta casa de janelas estreitas e portão de entrada para área coberta e bem cuidado jardim pertence à dona Cassemira, gentil e idosa senhora que nos atende muito bem, em especial se somos compradores das bananas serranas que aqui vende;

. este portão largo, de madeira, até um certo tempo dava acesso à histórica escolinha da dona Edite, formalmente conhecida como Escolas Isoladas do Putiú (havia as “escolas reunidas” – por exemplo, a que funcionava no Oratório dos Salesianos, com entrada bem à frente do Instituto Nossa Senhora Auxiliadora, o colégio das irmãs salesianas; ainda vou verificar o porquê da diferença), todas elas vinculadas à Prefeitura Municipal; muito putiuense deve sua educação formal básica a este estabelecimento de ensino, fechado, certamente, em face do surgimento de grupos escolares, ligados à rede estadual de ensino, principalmente em povoados com densidade demográfica que isso justifica;

. conjunto de ponto comercial e residência, de portas ora cerradas, do domicílio de um casal – aparentemente portugueses – que recentemente se mudou para Fortaleza; brevemente quem vai locar todo este imóvel é o Dedé (irmão do seu Pedro Miséria), assim que se casar com dona Maria Lima, respeitável professora do Estêvao da Rocha e do Donaninha Arruda, estabelecimentos de formação educacional sediados lá na Feira do Gado;

. nesta esquina, casa alpendrada, lateral protegida por três castanholeiras, frente para a estradinha carroçável por onde prosseguiremos em nossa caminhada de rememorações; ora quem mora neste imóvel pertencente à RFFSA é a família do mestre-de-linha seu Secundino, a esposa dona Beatriz e os filhos Araci, Ivan e Iran; tão logo ela se mude para outra cidade mais interiorana (Iguatu ou Senador Pompeu, não consigo identificar qual delas), aqui residirá a de outro mestre-de-linhas, o seu Expedito de Paula, o pai do Zé Aurino, do Edvaldo e do Edmar (parceiro de uma das formações do Putiú Atlético Clube, na posição de meio-campista).

A partir deste ponto, o fictício senhor dos drones, “capaz de misturar presente e passado, em imagens, visando a produzir arte”, nos levará por esta estradinha de chão batido até a imaginária linha demarcatória do bairro, no sentido dos Coiós (de Baixo e de Cima), trajeto que se inicia na calçada da escolinha de única sala, recentemente construída pela empresa que explora todo o sistema ferroviário, embora ainda sem uso em sua específica destinação, qual seja a educação primária de filhos menores dos seus funcionários.

Proponho, diletos acompanhantes desta virtual jornada pelos nossos passados, que façamos mais uma parada estratégica, o olhar de saudade voltado para dois pontos de destaque do nosso querido Putiú: o complexo ferroviário – estação e armazém – e a arborizada pracinha em três módulos e no entorno deste imóvel comercial de quatro águas.

 

“O temor, o  desejo, a esperança jogamos sempre para o futuro, sonegando-nos o sentimento e o exame do que é, para distrair-nos com o que será, embora já não sejamos mais.” “(Todo espírito preocupado com o futuro é infeliz.)” [Michel de Montaigne, em Dos nossos ódios e afeições / Ensaios. Livro I, Capítulo III; pág. 51. Editora 34: São Paulo, 2016. Trad.: Sérgio Milliet]. 

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Luciano Moreira, baturiteense, ex-professor cenecista, servidor público federal aposentado e graduado em Letras – Português e Literaturas Brasileira e Portuguesa pela Universidade Federal do Ceará.

  


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