O “Putiú” do Putiú (parte I)
Por: Paulo George
Colaboração: Wandemberg do Carmo (Van) e Wildima Pinheiro
Supervisão textual: Jane carvalho
Quero pedir licença pra falar do meu torrão…
De pontos atrativos, desportistas, de Mestres e Mestras da Cultura, artistas e do povo em geral.
Começo aqui pela Ponte Putiú, que, nos idos dos anos 70, passou pela renovação no governo Marcelo Holanda e nos trouxe satisfação.
A Usina de Algodão, sua vizinha, hoje, é uma comercialização de Motos Honda para a maior população, onde funcionou os Correios e Telégrafos num prédio bem ao lado, metros depois, nos deparamos com a Praça Luiz Leiteiro, onde repousa a máquina Maria Fumaça, relíquia da primeira, se lá não registrar uma foto, ficará no esquecimento.
O Museu da Estrada de Ferro tem muito o que contar de Antonio Soares dos Santos (Haroldo), Luiz Carlos Barros Barbosa, Juscelino Seabra, José Elias, Luiz Ely, José Carlos, Jaime Carlos, Murilo Cavalcante, Mestre Expedito, Luiz guarda chaves, José Antônio (Mestre de Linha) pai da Nita, dentre tantos outros funcionários da RFFSA.
A Praça Osmar Marinho, que tanto nos abrigou com uma TV pública, seus bancos e árvores frondosas, os casais testemunhou, quem era solteiro, lá ficava aguardando o trem partir para ver se sua sorte vinha dali.
Na igrejinha do Putiú, hoje, nossa Matriz Cristo Rei, palco de lindas quermesses dos partidos vermelho e azul, a radiadora troava, para o Caritó ninguém queria ir, mas, se deleitava quando ouvia uma linda página musical. Cristo Rei, Santo Antônio e todos os Santos foram testemunhas de muitos casamentos, batizados e crismas...
Putiú de vários credos e várias igrejas, destacamos Assembleia de Deus do saudoso irmão Isídio, e a Assembleia de Deus Bela Vista P. Marcelo Lopes, antes do irmão Zeca Sabino. Putiú da Casa de Umbanda São Jorge Guerra de Pai Ricardo e seus seguidores...Só no nosso torrão temos um heliporto, Estádio Alberto Wagner, que passa e passou muitos atletas, desde Ribamar Peixoto, José Olavo Viana, Verçosa, Juarezinho, Menezes, Van do Algenor, Cueca, Vei do Alfredinho, Zé Willian, Luiz Carlos, Hugo César, Mota (o Zé doidinho), Loló, Ubiratan, Ibraim, De Assis Teixeira, Vicente Filho, Tóin Eloy, Chico do Mozael, Bibi do Zé do Carmo, Corró, Codó e Segundinho, eita família de atletas que nos deu um internacional Wanderson do Carmo, brilhou em vários times internacionais, não podemos esquecer o Edim, que enche de orgulho a Mucunã e a nós tudim!
Temos também como atrativo turístico o Cruzeiro do Vaqueiro no lindo Alto da Cruz, em outro ponto alto, por muitos anos, vislumbrávamos o Prédio da Microondas ...
o Açude da Mucunã dos Cardosos, e uma das mais belas praças da região, a Praça do Salgado (recebeu esse nome porque as lavadeiras lavavam as roupas em um riacho próximo e o resto das águas resultava numa camada branca que era associada ao sal.
Somos o único bairro em várias coisas: Na educação, temos um CEJA (Centro de Educação de Jovens e Adultos) atendendo toda a região do Maciço de Baturité, uma FMB (Faculdade do Maciço de Baturité), uma EP (Escola Profissionalizante) Clemente Olintho Távora Arruda, um Liceu Domingos Sávio, um IFCE ( Instituto Federal) , Escola Jorge Furtado, Betel, Laura Vicuña, CEI Leidiane, Vovó Guilhermina, e a consagrada escola da Nina (Estevão Alves da Rocha) que a muito doutores, advogados, padres, médicos, músicos, enfermeiros, engenheiros e professores consagrou.
Dona Nina, Carmén Silvia e muitos conceituados mestres registrados na nossa memória, Iolete Barros Barbosa, Milria e Mirian Camurça, Helena e Terezinha Mendes, Mana Eloy, Lindete Araújo, Maria Lima, Romélia, Maria de Jesus, Neuma Carlos, Eliane Moreira Franklim, Maria Luiza Serafim, Tarcísio Paixão, Estela Lima Carlos, Dona Socorro (Maria Pereira de Moura), Elbenir Paixão, Lúcia Borges, Helena Elba, Lindalva, Erivan Pedrosa (Pipia), Mundica , Telê, Marlene, Marly, Wildima, Fátima Meton, dentre tantas outras que passaram e estão passando...das nossas queridas merendeiras não podemos esquecer: Dona Zilma, Dona Julita, D. Fransquinha, e ainda entre nós D. Marionete, a frase que mais gostávamos de ouvir: ALGUÉM QUER REPETIR?
Dos porteiros que nos garantiam segurança e confiança Sr. Alfredinho e Sr. Alcides, ninguém vacilava na presença deles. Respeito absoluto! Quem nunca tirou uma foto 3 X 4 – lambe-lambe, pelo seu Alfredinho? Era uma máquina de tirar retratos que ele escondia a cabeça num pano preto e dali saía uns papéis com a nossa fotografia.
Somos o bairro que também já teve maioria na política local, três prefeitos e uma prefeita: falamos do Prefeito Fernando Lima Lopes, eleito três vezes, Clóvim, duas vezes, e Silvana - a primeira prefeita mulher de Baturité, também é morador do Putiú; atualmente o nosso prefeito Herbelh Mota, que já teve Vicente Matias na vereança, Ribamar Peixoto, Boc, Almir da borracharia e Paulo George.
O Comércio do bairro tem deslanchado nos últimos anos, contamos com uma rede de Postos de combustíveis, duas farmácias, boutiques e os mais requintados restaurantes e pizzarias, além de Pet shop, casas de material de construção, padarias, oficinas mecânicas, Autopeças, Motopeças, mercados, mercadinhos e muito mais gerando emprego e renda.
Eita que Putiú arretado...!
Quem nunca se consultou com o seu Luiz da Farmácia? O médico do povo do Putíú, e porque não dizer o médico dos menos favorecidos? Num tinha isso não, independente da classe social, o caboclo chegava lá e dizia: Seu Luiz, passa um remédio aqui pros meus bruguelhinhos que estão tudo cheio de vermes, ou coceiras, ou qualquer enfermidade. Seu Luiz prontamente com seus conhecimentos, atendia e tudo era resolvido, nera Dona Ivone?
“Putiú” do Putiú do Alfredim, Véi, Cueca, Paulinho, Joinha!
“Putiú” do Putiú dos Vidal: Seu Zé Vidal, dona Maria Augusta, Socorro e Valdebrando...
“Putiú do Putiú dos Matias: Seu Manel Matias que, na sua pensão abrigava os maquinistas, visitantes e caixeiros viajantes, quem não lembra dos animados BINGOS nas manhãs de domingo, na Praça do Putiú (Osmar Marinho)? Nem que fosse de uma galinha, mas o BINGO era animado! E das romarias até a cidade de Canindé, era no pau de arara mesmo, ele comandava um e a Iracema sua filha, comandava o outro. E quem inventou o forró? A poeira subia no salão do compadre Manel Matias, ele era meu padrinho de fogueira de são João e o respeito até hoje.
Seu irmão Vicente Matias, também fez uma linda história no nosso bairro, homem que cuidava da saúde de todos, chegou a ocupar uma cadeira no Legislativo. Ao lado de dona Nicinha, educou uma prole de seis filhos: Elias, Vicente, Neto Franklim, Elenice, Vilenice e Luiza.
O terceiro Matias era o “Nego” Matias, esposo da dona Julita, pai do Orisson, Marcos (Fuscão), Ivan, Everardo e Edizio.
“Putiú” do Putiú dos Carlos: Sr. José Carlos, dona Lourdes, Salete, Vilanir, Neuma, Gracinha e Jaime Carlos...simplesmente um modelo de família...
“Putiú” do Putiú dos Alves – Quando o Patriarca Chico Alves falava o bairro todo estrondava... Adalto, Ribamar, Eribaldo, D. Ivone, Erivaldo, Zuelide, Lucileide, Lenir, Tácita e Cléa, dona Nozinha e toda vizinhança escutava...E aquele charmoso cachimbo ele fumava!
“Putiú” do Putiú dos Metons – Eita coisa medonha! O bordão mais falado dos anos 70 e 80, criado pelo seu Luiz, Senhor Antônio. Eita família grande e querida!
Putiú do Putiú dos Gustavos – Ladir, Iranir,Izanir...quem não lembra das delícias feitas pela nossa inesquecível Ladir? Aquele pudim de leite, doce de banana, de caju, de goiaba, o bolo Luiz Filipe e o Sousa Leão!
Putiú do Putiú dos Mendes – a casa que na entrada era e é um jardim, bem cuidado pelos donos Sr. João Mendes Filho e dona Alzira Franklin pais dos filhos ilustres: Ir. Maria Mendes de Oliveira, Valdereza Mendes de Oliveira, Maria Helena Mendes de Sousa, Aluizio Mendes de Oliveira, Margarida Mendes de Oliveira e Terezinha Mendes Ferreira.
Putiú do Putiú dos Moreiras – Dona Masé Moreira e o seu Moreira, pais do Fabiano, Sueli, Sizé, Beto, Júnior.
Putiú do Putiú da dona Marolí e do seu Tota… Selma, Célia, Zé da dona Maroli, casado com a Regina Almeida.
Putiú do Putiú da Maria do Zé Carneiro, Zé Carneiro, Tereza, Miguel, Pio, Gerson, Cearense, Luis.
Putiú do Putiú do Zé Padeiro – Adupla, Bil, Arnoldo, Edmilson, César,
Putiú do Putiú dos Teixeiras – Dona Zilma e senhor Adalto, quantas lembranças...Belta, Delta e De Assis, hoje tem o famoso Pratinhos da Júlia!
Putiú do Putiú dos (Pereira) Nossa amiga Nita de saudosa memória e Mazezinha ...
Putiú do Putiú dos Queiroz – Da Kika do cabo Borges, que já foi e já voltou milhões de vezes, mãe do Mestre poeta Pádua de Queiroz, Sargento Borges, Lisboa, Lúcia, Lucy, Luzinete, Marilac e Conceição...
Putiú do Putiú dos Enéas – Quem nunca jogou uma partida de sinuca enquanto o trem não chegava na estação, no BAR do nosso querido Miguel? Era o point da juventude e da velha guarda, dona Ester, Socorro Enéas, Diana, Meire. Eita que saudades...
Putiú do Putiú dos Araújo – Era um dos maiores comércios de Baturité, a bodega do Sr. Pedro Araújo, lá você encontrava tudo para o seu lar: material de cama, mesa e banho, material escolar, artigos para presente, até bainha para sua foice! Tinha ainda a bodega do Dedé seu irmão, esposo da dona Maria Lima.
Putiú do Putiú dos Rocha/Barbosa – Heronildo, Heliano, Vandão, Kena e Ângela . E as tertúlias, feitas na sala da casa deles? Quem viveu aquela época sabe bem do que estou falando...
Putiú do Putiú dos Bandeiras Sr. Modesto, dona Nair, pais do Modestinho, Ângela, Ana Angélica, Cláudia, Auxiliadora, Maria de Jesus, Valdir, João Bosco, Márcia.
Putiú do Putiú dos Portelas – Valdemar e Maria Portela, Mazé Portela...
Putiú do Putiú dos Paiós – Dona Maria, Seu João, Netinha, Clô, Jean, Henrique, Elisabeth, Toinho.
Putiú do Putiú dos Dinós – Sr. Dinó, dona Maria das Dores, Dedé do Dinó, Fransquinha e hoje Dulciane e Wanderley com o melhor pastel do bairro.
Putiú do Putiú dos Henriques – dona Alzira, Adolfo Henrique, Helena Henrique, Carlinhos,
Putiú do Putiú dos de Paula – Sr. Tetê, Paulo, Abraão, Jonas, Idelcir, Valéria, Vilena...
Putiú do Putiú Romélia .